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Método colabora para maior eficiência no atendimento de saúde
Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), metade da força de trabalho voltada para o ramo da saúde, a nível mundial, é formada por obstetrizes, técnicos, auxiliares e, é claro, enfermeiros.
Isso demonstra o quão importante é o trabalho da Enfermagem, considerada, por muitos, como a espinha dorsal dos sistemas de saúde. Para além de questões técnicas, como corpo clínico, disponibilidade de aparelhos e ferramentas de gestão em hospital, é preciso segurança e autonomia por parte dos enfermeiros.
Como forma de auxiliar na organização, padronização de procedimentos e melhor eficácia no atendimento aos pacientes, é que surge a metodologia SAE, Sistematização da Assistência de Enfermagem. A seguir, conheça um pouco mais sobre esse método que é usado amplamente no Brasil.
A SAE ou Sistematização da Assistência de Enfermagem é uma metodologia científica que tem como intuito auxiliar em tudo aquilo que envolve o atendimento e cuidado de um paciente no âmbito da enfermagem.
O surgimento da SAE está relacionado à figura Florence Nightingale, considerada a fundadora da enfermagem moderna. Durante a Guerra da Crimeia, em 1854, ela atuou como voluntária e, ao que se sabe, conseguiu junto a uma equipe de quase 40 enfermeiras reduzir de 40% para 2% a mortalidade local.
A enfermeira italiana defendia a necessidade de se implantar uma organização disciplinar forte para o atendimento aos feridos e doentes. O que, por sua vez, foi convertido na metodologia da SAE que, nos anos de 1920 e 1930, foi implantado a nível mundial. No Brasil, isso aconteceu posteriormente a partir dos anos 1970.
Em 2002, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) tornou obrigatória a implementação da SAE em quaisquer instituições de saúde, tanto públicas quanto privadas. Já em 2009, o Cofen determinou a metodologia como norma organizacional para a prática do Processo de Enfermagem (PE).
De modo geral, esse método é estruturado em investigação, diagnóstico, planejamento da assistência, implementação e avaliação. Lembrando que as informações colhidas ao longo de todo o atendimento deverão estar corretamente registradas no prontuário do paciente.
A investigação é, em resumo, a coleta de dados e exame físico feito com o paciente imediatamente após a sua entrada no sistema de saúde. Caberá ao profissional de enfermagem obter todas as suas informações, o que inclui desde nome, idade, estado de saúde até questões sociais e histórico de doenças.
Essas informações são essenciais para dar mais precisão ao Processo de Enfermagem. Na parte do exame físico, serão analisados dados objetivos (que é aquilo passível de ser observado) e subjetivos (aquilo que é dito pelo paciente). O exame físico é ainda dividido em quatro etapas:
É o momento em que os profissionais vão fazer um exame visual do corpo do paciente, detectando possíveis machucados, hematomas, cicatrizes e possíveis alterações no corpo do paciente.
Através do tato, o enfermeiro vai avaliar alguns aspectos do corpo do paciente, como mobilidade, elasticidade, resistência, aspereza e textura.
Com a ponta dos dedos, o enfermeiro deverá bater levemente em partes específicas do corpo e observar os sons produzidos, de modo a demarcar possíveis alterações.
É a parte de escuta de ruídos produzidos pelo corpo, patológicos ou não, sendo realizada por meio do estetoscópio.
O diagnóstico da doença deverá ser feito pelo médico, mas cabe ao enfermeiro o diagnóstico voltado para os sintomas da doença, seus riscos, além das necessidades do paciente. O profissional deverá ainda interpretar os dados obtidos, facilitando, assim, a tomada de decisão nas intervenções e ações a serem tomadas.
A determinação de resultados e ações acontece na etapa de planejamento, baseado nos diagnósticos de enfermagem e nos dados coletados anteriormente, considerando a condição de saúde do paciente ao longo de toda a internação.
Na implementação, a equipe de enfermagem será responsável pela realização das ações e intervenções previamente determinadas. É o momento de colocar em prática aquilo que já foi prescrito. Envolve atividades como mensuração de sinais vitais, administração de remédios e até higiene do paciente.
Por fim, os enfermeiros devem compilar, de forma contínua, deliberada e sistemática, todos os dados obtidos no prontuário do paciente, assim como o registro da evolução do quadro de saúde. Isso possibilita a readequação nas etapas do PE, se necessário for, além de colaborar com outras equipes e com o processo de alta.