O Câncer de próstata pode causar impotência?

A impotência sexual está, sem dúvida, entre as preocupações mais comuns entre os homens que sofrem de câncer de próstata. De acordo com pesquisas na literatura médica, há uma ampla gama de ocorrências desse efeito colateral, que varia entre 7% e 90% dos pacientes que passaram por cirurgia ou radioterapia.

Essa série de resultados ocorre por muitos fatores que tornam mais difícil as comparações entre cada paciente. A quantidade de dados coletados em cada estudo varia muito de um para outro.

Bem como as características de cada indivíduo, a doença e o grau de experiência dos profissionais médicos para com o tratamento feito. Para entender mais sobre este assunto, continue lendo!

Por que o câncer de próstata causa impotência sexual?

Como os nervos que controlam a ereção são prejudicados devido ao câncer ou destruídos ao realizar o tratamento, a estimulação espontânea do pênis torna-se impossível.

Neste caso, o uso de medicamentos orais não fornece os resultados desejados. É possível que a performance da ereção também sofra por uma redução da libido ou desejo sexual.

Trata-se de uma consequência comum que pode acontecer a qualquer momento durante ou antes do tratamento.

É possível que o desejo sexual seja afetado por questões psicológicas ligadas ao diagnóstico da doença. Além de ser resultado direto do uso de medicamentos que reduzem os níveis de testosterona, cujo intuito é impedir que as células cancerígenas continuem crescendo.

Usa-se esses medicamentos ​​apenas em casos de câncer de próstata mais graves ou em metástase.

Tratamento para a impotência sexual

Depois de tratar a doença com cirurgia, radioterapia ou outros meios, os profissionais médicos irão começar um plano para reabilitar a função sexual do paciente.

Para isso, deverá ser feito uma avaliação psicológica do casal, bem como a administração de medicamentos administrados por via oral que permitem que o sangue flua diretamente para o pênis.

Esta técnica é como um tratamento que reabilita a função erétil de primeira linha. Caso esse tratamento não funcione, os tratamentos de segunda linha, como o uso medicamentos vasodilatadores no pênis ou de dispositivos a vácuo, tendem a ser úteis para recuperar a ereção.

Por fim, se as ambos os meios não derem resultados, há a opção de implantação de um dispositivo artificial também chamado de prótese peniana. Existem muitos tipos de prótese disponíveis, bem como a opção de implantar dispositivos infláveis ou maleáveis.

O processo é tido como definitivo e requer uma cirurgia.

Todo tipo de tratamento contra câncer urológico pode resultar em impotência sexual?

Nem todos os cânceres urológicos podem levar à impotência sexual depois de tratado. Em grande parte dos casos, a disfunção erétil ocorre durante o tratamento cirúrgico de tumores de próstata ou bexiga.

Isso irá depender da condição física pré-existente do paciente, bem como do tipo e estágio do tumor. Muitos médicos já utilizam a cirurgia robótica, uma técnica minimamente invasiva que ajuda a proteger os tecidos e músculos da área.

Quanto mais cedo descobrir o câncer, menos o homem sofre com impotência sexual?

Quanto antes um câncer for descoberto, menores serão as chances de desenvolver impotência sexual. Os tratamentos utilizados são menos agressivos e podem não afetar a função erétil do pênis.

Um dos exames alternativos é a Ressonância Magnética Multiparamétrica da Próstata (RMMP), que exibe a morfologia da próstata, sua forma e conteúdo, além de analisar alguns parâmetros importantes para a detecção da doença.

O câncer de próstata também se divide em escore de PI-RADS igual a 1 significa que é improvável que o paciente tenha um câncer de próstata significativo, enquanto o PI-RADS 5 sugere uma grande probabilidade de uma neoplasia agressiva.

Lesão dos feixes nervosos que provocam a ereção

Os procedimentos cirúrgicos que prejudicam a ereção são aqueles em que se remove os nervos que causam a ereção. Uma lesão nesses nervos é semelhante a uma ligação.

A mensagem para ereção é enviada, mas está enfraquecida ou perdida. Métodos de preservação desses nervos são utilizados sempre que possível em prostatectomia radical, cistectomia radical ou ressecção abdominoperineal.

Quando o tamanho e a localização de um tumor permitem que os nervos sejam preservados, os homens podem recuperar mais suas ereções do que com outros métodos.

Porém, mesmo que o cirurgião seja capaz de preservar esses nervos, eles sofrem lesões durante o procedimento e necessitam de tempo para cicatrizar.

É possível que alguns homens recuperem suas ereções após a cirurgia, mas pode levar até dois anos. Mesmo quando os nervos foram preservados, estudos sugerem que o processo de cicatrização demora cerca de dois anos para a grande maioria dos homens.

Ainda não se sabe quais são os motivos pelos quais alguns homens recuperam suas ereções enquanto outros não. Mas, sabe-se que os homens têm maior probabilidade de recuperar suas ereções quando ambos os lados da próstata foram preservados.

A formação de novos vasos sanguíneos também pode auxiliar a retomar o fluxo de sangue para o pênis. Isso pode levar um tempo e ajuda a explicar por que as ereções demoram tanto para voltar.

Outros fatores que afetam a ereção após a cirurgia

Para compreender melhor quais são as chances de impotência sexual depois de tratar o câncer de próstata, tenha em mente os seguintes cinco fatores:

  • Idade do paciente;
  • Tipo de tratamento que usou;
  • Grau de experiência dos profissionais médicos;
  • Estágio em que a doença foi descoberta;
  • Outros problemas de saúde subjacentes.

Existe um subconjunto de homens que se encaixam em um grupo de alto risco para desenvolver impotência permanente depois de tratar a doença. Esse grupo inclui homens com:

  • Mais de 65 anos;
  • Diabéticos;
  • Obesos;
  • Fumantes;
  • Homens com problemas cardíacos;
  • Homens que tomam antidepressivos;
  • E quando o câncer de próstata foi diagnosticado em um estágio mais avançado, comprometendo os nervos que controlam os estímulos da ereção.

Aqueles que não têm nenhum dos aspectos acima, têm menos chances de desenvolver impotência permanente. Outra variável a levar em conta é a experiência de todos os profissionais responsáveis pelo tratamento.

Além disso, homens que tinha um histórico de boas ereções antes da cirurgia são mais propensos a recuperá-las em comparação com os que tiveram problemas de ereção anteriormente.

Conclusão

Como você pôde ver neste conteúdo, a impotência sexual ocorre quando os tumores estão próximos do nervo da ereção, ao lado da próstata tangente. Por isso é importante fazer exames para diagnosticar a doença o mais cedo possível e evitar danos permanentes.

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